2. No caso de aplicações de larp em sala de aula/escola, o que eu posso fazer pra produzir um bom larp ... ?
Olha, vou tentar ser sucinto. Bem sucinto :D
Eu vejo dois caminhos principais para se trabalhar com larp num processo educativo, em sala de aula.
Um é o que o Rafael Rocha expôs: você leva o larp pronto para ser jogado com os educandos.
O Rocha mesmo publicou um livro voltado para isso pelo Narrativa da Imaginação, o Edularps.
No caso, o formato que ele usa são os roleplaying poems - que são bacanas para abordar temas pontuais. Tem um bom número desses jogos lá no larpbrasil.blogspot.com (e eu pretendo subir mais em breve).
Mas não é o único formato que dá para trabalhar nesse contexto. Qualquer larp, para abordar qualquer tema, pode ser levado dessa maneira. (Chamber Games, Jeepforms, freeforms... qualquer coisa ;) )
O Seekers Unlimited (RIP ) havia disponibilizado um ou dois roteiros com tema histórico. Mesopotamia é um deles. (por algum motivo obscuro, não estou conseguindo acessar os links).
Outra estratégia muito interessante é construir o larp, do princípio, com os alunos.
Esse vídeo da Confraria das Ideias dá uma boa ideia de como isso pode ser feito:
E adicionalmente eu gostaria de contar uma historinha.
Em 2004 eu estava fazendo ensino médio no CEFET-SP (hoje ITF-SP) e a professora de sociologia propôs pra gente um julgamento fictício. Nossa turma escolhia a personalidade a ser julgada. Lembro que uma das turmas escolheu julgar o Fidel Castro. Minha turma escolheu julgar o Tio Patinhas. (O "tema" era Capitalismo X Socialismo... não sei se por determinação da profa. ou por influência da turma... já faz mais de 10 anos).
Um aluno representaria o réu, os demais seriam os advogados, as testemunhas e o Juri. Lembro que alguém representou o Wall Disney, mas também houve quem representasse o Huguinho, o Zezinho... e eu fui o Luizinho. Os Irmão Metralha também foram chamados a depor.
A turma que julgou o Fidel usou uma edição da Forbes como prova!
Minha professora, a Vânia, não sabia o que era larp. Provavelmente não sabe até hoje...
Mas o que nós fizemos naquele julgamento foi jogar um larp muito doido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário