domingo, 28 de abril de 2013

RPG é Arte? Criadores de jogos são artistas?

A seguinte apresentação foi realizada no Laboratório de Jogos 2013 (LabJogos 2013), em Belo Horizonte, no dia 28 de abril de 2013 (data onde a postagem se encontra nesse blog, para preservar a temporalidade). Este conteúdo, no entanto, foi postado neste blog no dia 19 de maio de 2017.

O registro audiovisual foi realizado, mas até hoje encontra-se perdido. Em vista disso, reuni as anotações (sinopse) e slides da palestra. Não dá conta. Mas pode ajudar outras pessoas a terem contato com parte das referências, discussões e vozes levantadas para a apresentação.



RPG e ARTE // 45-60 minutos
 

Ok... vamos aprofundar essa discussão sobre RPG e Arte. A fala/painel busca trazer esclarecimento e estofo às discussões constantes, polêmicas e recorrentes sobre a relação entre RPG e Arte.

Partindo de duas concepções centrais: a arte como técnica ou como atividade cultural (pintura, literatura, teatro, escultura, cinema); e a arte como "vanguarda" da concepção do crítico e curador Teixeira Coelho, arte como aquilo que "avança sobre a cultura", abre ou amplia paradigmas... o conceito ligado a "Arte Internacional" e à arte contemporânea.

A partir daí, a discussão da possibilidade de encarar o RPG (e quais RPGs) como arte dentro de um desses paradigmas ou dentro de ambos. Desmitificação das idéias de que arte tem necessariamente a ver com domínio técnico, maestria, mímese, estética (que é um campo da filosofia!), autoridade institucional, elitização.

Debate do entendimento do RPG como jogo e TAMBÉM como arte levando em conta as teorias de Johan Huizinga e as mais contemporâneas teorias internacionais sobre roleplaying e sobre arte participativa.

Análise de casos entre o RPG e a performance, a literatura, o teatro e outras mídias (exemplos como "O Jogo da Amarelinha" de Julio Cortázar, "O livro dos seres imaginários" de J. L. Borges, o vídeo "From Performance Arts to Larp" de Johanna MacDonald, os Happenings de Alan Kaprow, as performances, teatro performativo e participativo e a produção de vanguarda nos países Nórdicos).

A mesa trará ainda exemplos onde o RPG supera, declaradamente, certas peças de arte e as relações que estabelece com a arte contemporânea.

... e claro, esclarecer o que ganhamos entendendo o RPG como arte (e o que perdemos dizendo que RPG não é arte e QUEM ganha ao dizermos que não é).


// Luiz Falcão é designer gráfico e artista visual de formação. Trabalha desde 2007 com criação de jogos (LARPs) para a ONG confraria das Ideias e desde 2011 para o grupo Boi Voador. Coordena em São Paulo o Núcleo de Pesquisa em Live Action Roleplaying, é autor do livro ”LIVE! Guia Prático para Larp” e atua também como Instrutor de Internet/Multimídia no Sesc São Paulo.


Links complementares:

- Programação LabJogos 2013

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