Olá pessoal,
assisti o vídeo com animação e, depois de algum tempo, comecei a ponderar sobre alguns pontos abordados. Como a entrevista é destinada a uma publicação acadêmica, acredito poder contribuir com alguns detalhes para tornar essa publicação mais assertiva e relevante.
Na condição de amigo do entrevistado, de articulador e espectador de parte dos eventos e episódios narrados, faço algumas sugestões de adaptações e/ou correções de algumas informações, que acredito que possam ser apreciadas pelo entrevistado e o apresentador para melhor aproveitamento do espaço da revista :)
Entendo também que numa entrevista, no calor do improviso e do pensamento rápido, algumas coisas passem sem grande importância e outras recebem uma valoração ou "curadoria" às pressas, e à luz de um pensamento mais detido e pormenorizado, algumas pequenas questões possam ser melhoradas - em acuidade e assertividade - num discurso.
Alegrou-me muito a frase do Jonny, no adendo ao Silence, de que nada se constrói sozinho, que não somos uma ilha, e que é bastante importante referenciar os demais atores que fazem parte desses processos incríveis que trazem saberes e práticas maravilhosas à tona.
1 - Luiz Prado e Luiz Falcão - Confraria das Ideias
O Jonny comenta que tomou contato com a Confraria das Ideias num LabJogos, em 2013. Não é de todo incorreto. Mas apesar de eu e o Luiz Prado fazermos parte também da Confraria das Ideias, estávamos no evento representando o NpLarp, nas palestras, e o Boi Voador, nas práticas.
Essa confusão entre atuadores e grupos é comum, dado que Luiz Falcão e Luiz Prado fazem parte de um monte de grupos e iniciativas, mas é produtivo relembrarmos essas diferenciações. (A mesma confusão acontece no livro de edularps da Narrativa da Imaginação, para a qual eu ainda estou devendo o apontamento).
assisti o vídeo com animação e, depois de algum tempo, comecei a ponderar sobre alguns pontos abordados. Como a entrevista é destinada a uma publicação acadêmica, acredito poder contribuir com alguns detalhes para tornar essa publicação mais assertiva e relevante.
Na condição de amigo do entrevistado, de articulador e espectador de parte dos eventos e episódios narrados, faço algumas sugestões de adaptações e/ou correções de algumas informações, que acredito que possam ser apreciadas pelo entrevistado e o apresentador para melhor aproveitamento do espaço da revista :)
Entendo também que numa entrevista, no calor do improviso e do pensamento rápido, algumas coisas passem sem grande importância e outras recebem uma valoração ou "curadoria" às pressas, e à luz de um pensamento mais detido e pormenorizado, algumas pequenas questões possam ser melhoradas - em acuidade e assertividade - num discurso.
Alegrou-me muito a frase do Jonny, no adendo ao Silence, de que nada se constrói sozinho, que não somos uma ilha, e que é bastante importante referenciar os demais atores que fazem parte desses processos incríveis que trazem saberes e práticas maravilhosas à tona.
1 - Luiz Prado e Luiz Falcão - Confraria das Ideias
O Jonny comenta que tomou contato com a Confraria das Ideias num LabJogos, em 2013. Não é de todo incorreto. Mas apesar de eu e o Luiz Prado fazermos parte também da Confraria das Ideias, estávamos no evento representando o NpLarp, nas palestras, e o Boi Voador, nas práticas.
Essa confusão entre atuadores e grupos é comum, dado que Luiz Falcão e Luiz Prado fazem parte de um monte de grupos e iniciativas, mas é produtivo relembrarmos essas diferenciações. (A mesma confusão acontece no livro de edularps da Narrativa da Imaginação, para a qual eu ainda estou devendo o apontamento).
sugestões:o texto poderia ser adaptado para "tomei contato com os larps da Confraria das Ideias e do Boi Voador a partir das palestras de e conversas com Luiz Prado e Luiz Falcão, do NpLarp, que também fazem parte dos referidos grupos"
ou mesmo uma nota de rodapé explicando essa relação. Eu posso ajudar a compô-la, se for o caso.
ou mesmo uma nota de rodapé explicando essa relação. Eu posso ajudar a compô-la, se for o caso.
2 - "Eu e Luiz Falcão fundamos o LabLarp"
Eu sempre acrescento o Luiz Prado nessa "fundação" também. Primeiro porque ele estava junto no "ato de fundação", rs, documentado com fotografia e tudo mais :D Também porque a participação dele foi bastante importante na definição do formato do LabLarp - antes (quando ele era só um rascunho num caderno) e depois do Jonny efetivamente protagonizá-lo.
Depois, porque apesar de ele estar um pouco ausente nos 2 primeiros encontros, ele esteve bastante presente e participativo nos demais. Levando alguns jogos próprios e sendo também bastante responsável pela articulação do público.
Um dos objetivos do LabLarp era, certamente e entre muitos outros, o de formar um produtor, autor e articulador de larp - que era o Jonny. Então eu e o Prado não buscávamos protagonismo no labLarp, queríamos dar espaço ao Jonny. Nós já tínhamos nossos espaços de criação, experimentação e realização de larp. Estávamos no projeto nessa perspectiva, também (entre outras coisas), pois já tínhamos bastante experiência organizando, criando e conduzindo larps. É muito gratificante para a gente ver que esse objetivo, como tantos outros, foi alcançado!
Mas não precisamos confundir "deixar o amigo protagonizar" com "não fazer parte" e eu acho justíssimo incluir o Prado na lista de "fundadores" e organizadores do LabLarp, embora ele tenha executado papéis diferentes de mim ou do Jonny. :)
17 de julho 2013. Da esquerda para a direita: Mariana (minha companheira), Luiz Prado, Jonny, eu e Juliana Andrada (fotógrafa do lablarp em várias das edições e uma das Staff do larp Cegos) |
Reli o artigo e bem.... ele não questiona o limite, rs
Se bem me lembro, o que questionou o limite foi a repercussão do artigo. Talvez seja legal esclarecer isso também. (Uma das principais discussões acerca disso foi protagonizada pela amiga Viviane L. Costa que não participou do jogo, mas tomou contato com ele por meio da resenha). A citação aí é apenas um exemplo, a resenha provocou reboliço onde ela foi compartilhada, sendo grande responsável pela difusão do case do CEGOS ( que teve apenas 5 jogadores, mas conseguiu atingir muito mais gente graças a essa articulação da cena ;) e vai atingir ainda mais agora, com a entrevista :D )
3.1 - "o jogador que escreveu [o artigo] é jornalista... ficou um artigo bem intenso"
Entendo que haja um sentido em preservar as identidades dos jogadores durante o relato, mas no caso do artigo, o jogador está de partida já identificado. O Jogador em questão é o Luiz Prado - e atribuir o fato dele ser jornalista a qualidade do artigo é quase engraçado. (nada contra os jornalistas, hehehe) Luiz Prado fala com profundidade ímpar no artigo porque ele é um jogador de longa data, um pesquisador e um produtor, escritor e criador de larps. Não apenas um, mas certamento o mais ativo do Brasil. Jonny fala que participou de mais de 50 larps nórdicos no Canadá - e destaca a importância dessa participação na sua formação. Bom, o Prado esteve a frente, entre escrever e organizar certamente bem mais de 50 larps, seja trabalhando para a Confraria das Ideias, o Boi Voador, NpLarp, LabLarp ou em sua trajetória autoral (sua "cerreira solo", rs). Além disso, foi jogador regular - e continua sendo - por 3 anos antes de dar o ar da graça na escritura de seus próprios larps. Nessa trajetória de dedicação intensa ao larp, ele aplicou larps de sua autoria ou da autoria de outros, orientou autores e articuladores, dedicou-se a pesquisa teórica e prática da linguagem de diversas formas....
Não é a formação em jornalismo que dá mérito ao texto. É o envolvimento específico daquele jogador na cena e na linguagem do larp.
Se não há necessidade de preservar sua identidade, pois ela está declarada no artigo, não há necessidade de não fazer a correta atribuição de mérito ao autor/artigo. Ele ser jornalista não tem nada a ver com isso. (Nem sequer se trata de um texto jornalístico).
A resenha pode ser acessada aqui:
http://www.nplarp.com.br/2013/11/resenha-larp-cegos.html
4. "Na suécia Break and Cut não existem"
Opa...! Entendo que seu amigo sueco pode ter dito isso, mas acho que corremos um risco de sermos bastante imprecisos se publicarmos isso em uma revista científica sem a devida consideração.
Se não me engano, foi entre jogadores suecos que o Wagner Luiz Schimit ouviu que o larp Café Amargo, de Luiz Prado, deveria vir com regras de safewords (e não a preocupação ali nem era contato físico!). Foi na Suécia, certamente. O larp Sueco Just a Litte Lovin', apenas para citar um exemplo, faz uso das safewords. Talvez na comunidade do seu amigo, ou na época que ele jogava, não houvesse essa preocupação. Mas na Suécia há. Vale apenas esclarecer nesse sentido, para não passarmos uma ideia equivocada a partir de uma generalização.
- - -
Eu gostei muito da entrevista, principalmente do recorte entre o CEGOS e o Silence. Ganha-se muito focando casos específicos ao invés de tentar dar conta de toda a produção ou trajetória do sujeito (que no caso do Jonny, é também riquíssima).
Pessoalmente, eu acho muito legal aquilo que o Jonny disse no final, de não sermos uma ilha, e senti falta de falar um pouquinho mais do começo dele com o larp, (não somente o vampire larp com o grupo de circo), pra inspirar outras pessoas a começarem também. Ninguém começa sozinho, como um lobo solitário, rs. E às vezes, vendo de fora, dá essa impressão. Revelar essas interlocuções ajuda as pessoas a entenderem que elas também podem se engajar, produzir, assumir seus papéis - e que não estarão sozinhas. Mas é claro que o tempo também não permitiria um grande aprofundamento. Acabou mais aprofundado o processo mais recente, e isso é muito bom também. Silence é um jogo empolgante :D
Opa...! Entendo que seu amigo sueco pode ter dito isso, mas acho que corremos um risco de sermos bastante imprecisos se publicarmos isso em uma revista científica sem a devida consideração.
Se não me engano, foi entre jogadores suecos que o Wagner Luiz Schimit ouviu que o larp Café Amargo, de Luiz Prado, deveria vir com regras de safewords (e não a preocupação ali nem era contato físico!). Foi na Suécia, certamente. O larp Sueco Just a Litte Lovin', apenas para citar um exemplo, faz uso das safewords. Talvez na comunidade do seu amigo, ou na época que ele jogava, não houvesse essa preocupação. Mas na Suécia há. Vale apenas esclarecer nesse sentido, para não passarmos uma ideia equivocada a partir de uma generalização.
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Eu gostei muito da entrevista, principalmente do recorte entre o CEGOS e o Silence. Ganha-se muito focando casos específicos ao invés de tentar dar conta de toda a produção ou trajetória do sujeito (que no caso do Jonny, é também riquíssima).
Pessoalmente, eu acho muito legal aquilo que o Jonny disse no final, de não sermos uma ilha, e senti falta de falar um pouquinho mais do começo dele com o larp, (não somente o vampire larp com o grupo de circo), pra inspirar outras pessoas a começarem também. Ninguém começa sozinho, como um lobo solitário, rs. E às vezes, vendo de fora, dá essa impressão. Revelar essas interlocuções ajuda as pessoas a entenderem que elas também podem se engajar, produzir, assumir seus papéis - e que não estarão sozinhas. Mas é claro que o tempo também não permitiria um grande aprofundamento. Acabou mais aprofundado o processo mais recente, e isso é muito bom também. Silence é um jogo empolgante :D
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