(originalmente postado no facebook, no dia 17 de setembro de 2014)
O larp é uma arte dramática participativa. Quer dizer: na prática do larp, não há distinção entre artistas e espectadores. Todo mundo que está ali é ao mesmo tempo autor e receptor....
Café Amargo é um excelente exemplo..... o texto constitui uma espécie de "Programa de Performance" para ser "executado" pelos participantes... mas a ideia é que não haja uma platéia exterior a experiência. Não é um espetáculo.
O larp chegou no Brasil nos anos 90, em uma vertente mais descontraída, ligada a narrativas de aventura e mistério.* A partir de 2011, outras experiências começaram a aparecer, em parte influenciadas pelo Larp dos países Nórdicos, que é o mais prolífero na investigação do larp enquanto linguagem artística. Desde 1999, pelo menos, muita gente tem ido fundo nessa investigação!
Aqui no Brasil, o Luiz Prado sem dúvida é uma das pessoas que tem o trabalho mais interessante na área.
A respeito da quantidade de pessoas, esses larps mais "aventurescos" (ligados a narrativas pulp, com parentescos com séries de TV, livros ou filmes hollywoodianos.... pra citar alguns exemplos), aqui no Brasil, costumam ser realizados com 30-40 pessoas. Essas experiências mais intimistas como Café Amargo, geralmente, ficam entre 3-15 pessoas.
Nas próximas 2 sextas-feiras, o Luiz Prado vai organizar, na Casa Amarela - Ateliê Compartilhado, o larp Ouça no Volume Máximo, para até 7 pessoas (se me lembro bem) onde os participantes representam integrantes de uma banda que se separou e, 15 anos depois, se reencontram para discutir um possível retorno. É um larp "sobre nostalgia, mágoas e recomeços".... eu já tive oportunidade de participar duas vezes! E recomendo muito!
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* Isto é, sem considerarmos práticas como o psicodrama ou o Teatro do Oprimido como larp, já que não se apresentam dessa maneira.
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