segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Cartaz - 200 no Rio

Aqui é assim: a gente se vira nos 30. Tem que fazer site faz, revista faz, folder faz, cartaz faz. Faz até entrega se for preciso (e geralmente é). Coloco aqui no Blog o processo de um design "de última hora" que gostei muito. Última hora está entre aspas porque foi feito no tempo que qualquer cartaz provavelmente é feito, um recorde aqui no trabalho já que geralmente os tempos são ou muito estendidos ou muito espremidos.

O logo deste evento também fui eu que fiz, baseado no logo muito mais legal do evento anterior - que eu também tinha feito. Mas o logo não é tão querido quanto o cartaz, o pessoal aqui apitou demais e eu fui mais pedreiro do que arquiteto. Com o cartaz não foi assim. O cartaz foi um filhinho meu esse ano. Espero que alguém aí goste tanto quanto eu.

Ok! Cartaz do torneio do Rio. Mostrar o Pão de Açúcar (o torneio era no pé do Pão de Açúcar, no Forte). A princípio, vamos mostrar o logo (que também fui eu que fiz)...

Certo... fracasso completo, vamos colocar uns competidores. Aqui já tinha saído o Pão de Açúcar. Mas ainda não está legal, que coisa sem charme!

Depois de uma passeada pela internet em busca de referências, encontro no blog da Deserée Melo vários cartazes excelentes. A resposta estava lá, vamos girar umas coisas
Um pouco mais dinâmico e legível (neste, testando a mancha gráfica da inclinação).

Vamos botar esse ângulo em tudo agora.... E jogar com as cores. O laranja é o mesmo que está em um dos lutadores. A marca do instituto que promove o torneio continua intocada, mas a do torneio vai na onda

E não é que o torneio ia ser no dia das crianças!? Dois dias antes de mandar para a prensa, vamos colocar umas crianças no cartaz!
Entra o texto (quase) definitivo

Mais uma mexida aqui e ali: alegria para as crianças (trocar o azul pelo laranja). Meu chefe vem mexer em tudo, ajeitamos os horários, encaixamos as informações que estavam faltando, site, ele acrescenta essa fileira de samurais na metade vertical do cartaz.... Uau! Missão cumprida: pode imprimir.

No final, não conseguimos evitar: tem algo de folheto de pizzaria nele. Tanta informação! Mas acho que resolvemos bem, ficou bem dinâmico, divertido e tudo ficou arrumadinho. Fiquei feliz porque o grosso do cartaz eu fiz sozinho e vi um pouco de mim quando colocaram uma cópia dele na cozinha da empresa, e outra na sala do Big Boss. Entre 100 e 200 cartazes foram espalhados no Rio de Janeiro, nas redondezas do Forte da Urca, onde aconteceu o evento - você viu algum deles lá?

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Sites em Flash que sabem usar vídeo

O poder que o Flash tem já é velho conhecido dos designers. E talvez o uso desnecessário, ordinário, sem critério dessa tecnologia seja tão ou mais notório do que sua capacidade.

Particularmente, o Flash nunca me chamou a atenção. Verdade. Fui praticamente obrigado a começar a mexer nele aqui no serviço. E a maioria das coisas que me pediram até agora são coisas que eu resolveria no bom e velho CSS + Javascript (ô delícia!).

Mas o Flash tem sim sua graça e sua personalidade próprias, que ninguém imita... E talvez para chegar nessa miudez nada ordinária o cara tenha que ser muito bom de Flash mesmo! Ou só um pouco bom de flash e bom de verdade de cabeça.

Uma dessas coisas que ninguém tira dele é o poderosíssimo, incrível e multiuso componente de vídeo!!!! Vídeo, em Flash, é uma coisa maravilhosa. Já faz muito tempo que eu tenho visto excelentes casos de aplicação de vídeo em Flash. E quando eu me refiro a "aplicação de vídeo" não estou me referindo aos Youtubes e Vimeos da vida. Falo do Subservient Chiken e suas inúmeras cópias ou filhos (de marcas de shampoo à IBM), de campanhas da Pepsi e Coca-cola que usavam chroma-key para ter um personagem passeando pela tela e conversando com você, dos sites promocionais de filmes como o Funny Games U.S. (Violência Gratuita, no Brasil) e tantos outros que eu devo estar esquecendo.

O site de um humorista brasileiro (meu deus! quem é esse humorista, alguém me ajude! Quem é o designer que fez o site???), por exemplo, tem vinhetas com chroma-key de todos os personagens que ele interpreta... no meio do site mesmo, andando de lá para cá. Muito apropriado para o site de um humorista.

Mas recentemente cruzei com dois sites que me surpreenderam pela originalidade e simplicidade. E me deixou muito feliz de ver que tem gente, de verdade, que ainda têm muita noção trabalhando na área (e com flash), apesar das barbaridades que a gente vê com freqüência. Bom... saber que têm nós sabemos, mas é reconfortante quando encontramos novos exemplos.

Aqui vão meus exemplos, com comentários.

http://www.sixstation.com/ (veja o site)

Não me pergunte como ou onde eu cruzei com este site. Não faço mais idéia.
Primeiro, eles usam um efeito maravilhoso, que traz lágimas aos olhos de qualquer pessoa que já pintou com aquarela ou nanquim na vida. É um efeito que a gente sempre pensa em "emular" e usar para alguma coisa. Pois eles gravaram (e gravaram bem) e usaram!
Segundo, eles usam da própria linguagem do vídeo, muito inteligentemente, com desfoques, distorções e "pixelização". Quando vêm o loop, fica tudo maravilhoso.
Terceiro, mantém o contraste do site e quebra a monotonia.
Um primôr!









http://www.agenciaazul.com.br/ (veja o site)
Conheci pelo site do Rafael Costa.
Primeiro, a solução é no mínimo original, o azul do céu parece quase um chapado, tem só uma texturinha. De repente, não mais que de repente, vem algo voando, batendo asas, arás do texto. Sacadinha muito bem arranjada com o tempo de carregamento!
Segundo, há uma sincronia finíssima da nossa pequena "gaivota", que voa por trás do logo da agência. Depois é precedida por outros passarinhos também....
Terceiro, eles casam muito bem a animação dos elementos do flash com o "timeline" do próprio vídeo (isso já não cabia no segundo?)
A detonação da imagem não atrapalha em nada (dá um efeito de desfoque, como se fosse realmente uma paisagem ao fundo) e não cria poluição visual, até porque, devido ao enquadramento, as gaivotas não estão sempre na tela. Fora que a visão, silenciosa, de pássaros voando acalma até mesmo o fã mais incondicional de Hitchcock.
O único porém que eu colocaria é que, para não deixar que essa paz toda caísse na monotonia, nossos amigos na Azul trocam esse vídeo por outros, a meu ver menos eficazes. Tudo bem, tem um vídeo das ondas do mar... mas aquelas pedrinhas.... aquilo não dá não, né!?





Fica o registro!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Quem faz dinheiro está de olho no Brasil

We Make Money Not Art é um site estrangeiro que eu descobri há algum tempo. Ele é sobre arte e há algum tempo eu acompanho por meio dele, bem "por cima" mesmo, as mostras internacionais, jovens artistas, arte tecnológica, e os etcs do gênero. Não é um site maravilhoso onde você vai achar tudo o que você quer ver no planeta, mas é um site muito bacana, com design bastante agradável e no qual dá para se perder e navegar por horas.

clique na imagem para ver ampliado

Acho que o grande atrativo dele é o fato de ser um site bem feito, ele próprio contemporâneo - e não como aqueles sites atrasados e horrorosos que temos aqui no brasil (desculpe Canal Contemporâneo, mas é verdade... você é horrível em muitos aspectos). É fácil achar galarias animadas no meio de uma matéria, vídeos (do Vimeo ou Youtube), fotos e links para os sites dos artistas e galerias mencionados - o que nos lembra o sensacional DailyServing, que, tenho que adimitir, faz mais o meu gosto na seleção dos artistas.

O que justifica eu vir aqui falar do We Make Money... é que me chamou atenção, assim em tempos de crise internacional e de final de semestre na faculdade, que ele vem falando bastante do Brasil nos últimos dias, seja de lugares que eu nunca fui na vida, seja exposições que eu visitei recentemente, estão espalhadas por aí (não vou simpatizar com essse Srur tão cedo) ou aquelas que eu tenho a impressão que não conseguirei visitar.

O responsável pela publicação desses artigos é Regine (by Regine, logo após o título), mas eu ainda estou tentando descobrir quem ela é.

É bom acrescentar também que o fato de eu estar compartilhando esse "log" aqui no Blog não quer dizer que eu concorde (nem que discorde, tampouco) com os pontos de vista expressos pela nossa amiga...

Fica a dica.